tombo onze do dois


na praia, lotada, mal conseguia olhar o horizonte, muito menos o mar, resolvi então olhar a areia e todos seus grãos minúsculos e belos. as vozes soavam perto e um samba distante. o movimento dos pés passando fazia a areia se mover e criar novas formas, que nunca se repetiriam.
ali, naquele horizonte de meu pensamento, desejei muitas coisas, como sempre, e percebi nas vozes flutuantes que não havia felicidade real no mundo que não fosse o presente momento de se sentir bem.
eu não me senti bem, muito menos mal, entrei naquele transe da realidade, vivida ali, sem nada mais profundo do que lembranças e imagens captadas pela minha retina a cada átimo.
o mundo não sabe parar de girar, eu não sei parar de pensar.

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