post sem nome n# 1

Esse blog deveria se chamar: reclamações de uma carênte anônima.
Ou algo mais poético... divagações de um ser solitário... ou qlqr coisa, tanto faz.
Mas Juju na Lua é bem poético, genial e solitário HÁ - afinal, quem mais está lá na lua comigo?
Sempre soube que estava sozinha, no fundo eu sempre soube.
Só é difícil aceitar isso.
Nos momentos em que estou mais rodiada de pessoas, são os momentos de maior solidão.
Hoje meu dia foi divertido em parte, fui ao cinema assistir "As viagens de Gulliver" junto à minha querida tia Meire, que faz aniversário hoje!!!
Ehhh, parabéns tia Mê!
Ganhei um tamanco bizarramente da hora da tia e voltei pra casa. No caminho de volta uma tristeza aquiesceu-me, e até agora ela me ronda.
Cheguei em casa, falei com alguns amigos, os vi e fui correndo de bike desesperadamente sem rumo pela cidade. Chegue à uma farmácia perto do hospital e comprei barrinha de cereal e algumas outras coisas que vão me dar uma certa paz... fui em direção ao meu ponto com vista para o mar [de fácil acesso] favorito... o celular toca, e eu leio "Maia London" e grito de felicidade seu nome, só que como ele está no Canadá deu algum problema com o celular e a ligação caiu e eu quase comecei a chorar de tanta tristeza ... ai.
Enfim cheguei aos pescadores, sentei-me e troquei sms com Maia.
Um papai lindo estava com sua filhinha e sentou-se ao meu lado, um casal de velhinhos estavam namorando um pouco mais a frente... e a lua cheia, ai que lua linda... refletindo no mar das Astúrias. Esta noite de verão estava perfeita, e minha tristeza provinha principalmente do fato de eu estar ali, contemplando a vida acontecer, sozinha.
Desci com minha bike para a areia e fui para o mar.
Estava tão desejoso e calmo e morno, realmente, a noite estava perfeita.
Mas minha infelicidade não saiu de mim, olhei para o papai bonito com sua filhinha linda ao longe e desejei um papai daquele para mim, mais um vez, comprovei o fato de estar ali, em meio daquilo tudo, sozinha me incomodando.
A coisa que mais me incomoda na minha vida é dormir sozinha. Eu tenho um quarto só meu, e as pessoas da minha família tem um quarto para cada um, todos gostam, ou fingem que gostam de dormi sozinhos, eu não.
Outra coisa que além de me incomodar, me deixa vazia, é essa melação toda de existência; existimos para viver uma só vida, que é curta e incerta, e que quando acabar, puff... acabou. O vazio sempre toma conta de mim nessa parte do "quando acabar, acabou".
Viro uma pedra [igual ao meu melhor amigo pedra].

Bem, não acabou, mas eu vou conversar com a minha querida amiga amada Inty.
É melhor do que ficar aqui reclamando da vida.

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