Foi, foi um triz que a tristeza me pegou dessa vez.
Ficar triste é algo tão sólido, tão prazeroso que sempre que me pega, parece me consumir e me viciar em seus traços escuros, mal traçados  e um pouco borrados.
Não é por mal. [ ou simplesmente é].
Fora isso, eu só estou triste por que estou só [ o dia todo ]
[               ___________________&____________________]
Um parêntese tão grande, tão largo e e lá no meio, sozinha, parada, tranqüila.
A tristeza é tranqüilidade, mas cheia de desconforto.
Cheia de medo e de necessidades tão vitais.
Meus desejos crescem, aparecem na tristeza. Eles falam por mim e gritam para eu ficar feliz e realizá-los.
Ou será: realizá-los para poder ficar feliz?
Mas eu sempre sei sair da tristeza, é tão fácil, é tão simples, o remédio parece sempre estar no bolso da minha calça, no meu criado-mudo, no armário da minha cozinha, em cima do piano.
Está espalhado por aí, só os que querem ser cegos não conseguem ver esse remédio.
Ainda bem que eu aprendi a ver.

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